“por José Joaquim”
Com os telefones desligados na última sexta-feira por motivo de viagem, ao chegarmos ao local de destino, assustamo-nos pela quantidade de ligações não atendidas, o que demonstrava que algum fato novo tinha acontecido.
Mais tarde ao recebermos telefonemas de alguns jornalistas, descobrimos o motivo de tanto alvorôço, e que estava relacionado a divulgação da tabela do campeonato pernambucano de 2011.
Perguntaram-nos o que achavamos, e respondiamos dizendo que não tínhamos visto a mesma, e só poderiamos dizer alguma coisa após a sua análise.
Infelizmente verificamos que era melhor nem tomarmos conhecimento de tal documento, pois trata-se de uma aberração técnica na formatação de uma tabela de campeonato, ferindo a legislação esportiva, fato este que é comum no futebol de Pernambuco.
Esperamos, para o dia de ontem, a fim de analisarmos a reação dos nossos clubes, e vimos que Sport e Náutico estão protestando contra a mesma, e estranhamente o Santa Cruz Futebol Clube concordando, indo na contra mão da história, desde que não está preservando os seus atletas, assim como os seus próprios torcedores.
Quando da primeira reunião para a modificação da fórmula da competição, e a introdução dos pontos corridos, comunicávamos a inviabilidade de que a mesma fosse implantada, já que as datas disponíveis não seriam suficientes par tal, tendo em vista a participação de 12 clubes, mas os participantes resolveram aprová-la, e neste ano a competição foi realizada, com as dificuldades previstas, mas chegou ao seu final, com a participação do fator sorte.
Para que pudesse ajustar o Calendário nacional, resolveu então a nossa mentora realizar em duas semanas 07 rodadas, inclusive as quatro primeiras em 08 dias, no intervalo de 48 horas, o que torna a competição totalmente inviável, desde que fere o Artigo 60 da RDI 01/91, não modificado, e inclusive incorporado ao Regulamento Geral das Competições da CBF, que determina o intervalo entre partidas de futebol para o período de 66 horas, e estabelecendo 48 horas para exceções, quando da necessidade, e apenas para as partidas locais, sem viagens, e de comum acordo entre os clubes disputantes.
A nossa pergunta vai para os clubes do interior, principalmente do sertão, que como exemplo, jogarão no domingo, terão que viajar para outra cidade, o Recife, e na terça-feira realizar um partida de futebol noturna, voltando para sua cidade e dois dias depois entrar em campo para um novo evento. Como vão proceder?
Encontramos na Tabela um erro técnico, desde que o América como mandante, não irá receber nenhum clube da capital na primeira fase, só o fazendo na segunda, o que torna-se prejudicial para aquele clube.
Será que os atletas foram consultados, pois os mesmos serão os mais massacrados com tal formatação? Onde está a palavra do seu Sindicato?
E o nosso Ministério Público qual posição vai tomar em defesa do cumprimento da legislação esportiva, dos atletas e dos consumidores?
Vamos aguardar, e para concluírmos sugerimos que tal formatação seja repensada pelo bem do futebol pernambucano, que cada dia se apequena mais, e como retrato, temos a participação de nossos clubes no campeonato brasileiro da Série B, que preocupou toda a comunidade esportiva de nosso estado.
..
